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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

MEXILHÕES AO VINAGRETE

Mexilhões à Vinagrete é um prato muito fácil de preparar. Os mexilhões são servidos frios e podemos apresentá-los na própria casca do mexilhão ou em fatias de pão de sua preferência como entrada ou inclusive como prato principal. Por outro lado, é um prato que será muito econômico, já que precisaremos apenas destes moluscos e de alguns vegetais para preparar a vinagrete, junto com um bom azeite de oliva e vinagre de preferência de maçã para temperar.

Ingredientes:

1 kg de mexilhões
1 cebola
1 pimentão vermelho
1 pimentão verde
1/2 cebolinha
3 tomates
2 folhas de louro
1/2 copo de vinho branco
1/2 copo de água
3 colheres de sopa de azeite de oliva
1 colher de sopa de vinagre de maçã

Modo de Preparo:

    Os mexilhões devem ser frescos; se não forem ser consumidos no mesmo dia devemos deixá-los em um recipiente com água fria a maior quantidade de tempo possível antes de seu futuro cozimento, mudando a água a cada seis horas, aproximadamente.
   Se forem congelados e de boa procedência os mexilhões já são pré cozidos dispensando a fervura dos mesmos.
    Lave e escorra os mexilhões em água.
   Coloque meio copo de água para esquentar em uma panela grande e quando a água começar a ferver adicione uma folha de louro e a seguir os mexilhões.
  Adicione à panela um jato generoso de vinho branco, os grãos de pimenta preta e uma pitada de sal.
  Deixe os mexilhões cozinhando uns 3 minutos e assim que estiverem todos abertos os retiramos com uma escumadeira. Deixe esfriar e reserve em um prato. Não jogar fora a água do cozimento, coe e reserve em um copo.
 Tire os mexilhões da concha com a ajuda de uma faca, raspando todo o mexilhão até que o interior fique limpo. Reserve os mexilhões por um lado e as conchas por outro.

Preparo do Vinagrete:

   Lavar todos os vegetais e secá-los.
  Pique a cebola, a cebolinha e os tomates junto com os pimentões e misture tudo em uma tigela.
  Acrescente um pouco de salsa picada e sal a gosto, e mexa bem misturando os sabores das hortaliças.
  Em um copo acrescente uma pitada de sal e a pimenta preta, introduza o azeite de oliva extra virgem e o vinagre de maçã e mexa com um garfo até que fique misturado.
  Acrescente o vinagrete à tigela com as hortaliças, misture muito bem juntando todo o sabor.

Apresentação do prato:

  Você poderá fazê-lo tipo salada, todos em um prato sem as conchas, ou então cada mexilhão em uma concha vazia conforme na foto e quando estiverem todos colocados disponha por cima o vinagrete que reservou.
 Como foi dito no início, você pode servir também este prato sem a casca do marisco mas com pão de sua preferência, torrado ou semi torrado com azeite e pitadinha de sal.


Joãozinho Caiçara - Festival do Mexilhão
Caraguatatuba - SP


Observação: Os meses de outubro a março são propícios para fazer este prato, pois é a época dos mexilhões.








Propriedades medicinais dos Mexilhões:

 O mexilhão é um molusco bivalve considerado, por vezes, como um irmão pobre de outros mariscos mais apreciados. No entanto, os benefícios do mexilhão são muito superiores aos de outras espécies de moluscos.

Benefícios para a saúde e propriedades curativas do Mexilhão:

  O mexilhão fornece proteínas de qualidade e são facilmente digeridas, tornando-o adequado para pessoas convalescentes. A sua contribuição em vitaminas do complexo B e em minerais é elevada, sendo, por sua vez, um produto nutritivo e hipocalórico. As propriedades medicinais do mexilhão estão relacionadas com as suas propriedades nutricionais. A elevada quantidade de ferro que contém tornam-no muito adequado para pessoas com anemia por deficiência de ferro. Além disso, o ferro do mexilhão é bem absorvido no intestino, ao contrário do que acontece com alguns vegetais.

 O conteúdo de vitaminas do complexo B e minerais como o iodo e o magnésio permitem combater estados de fadiga, sendo também um alimento interessante para crianças e atletas. Por outro lado, o iodo impede o hipotiroidismo. Outro dos benefícios do mexilhão é o de ser um alimento saudável para o coração.O seu alto teor de potássio ajuda a controlar a hipertensão e a retenção de líquidos, enquanto que a maioria das suas escassas gorduras são do tipo ômega 3, que ajudam a controlar os níveis de colesterol no sangue. De fato, o mexilhão apenas contribui com colesterol, a pesar de ser um marisco.

 
Fazenda Mexilhão
Caraguatatuba-SP
Há uns anos, descobriram-se outras propriedades medicinais do mexilhão muito interessantes, devido ao seu alto teor de glucosaminas. A glucosamina é o anti-inflamatório natural mais potente, sendo particularmente útil nos processos articulares, tais como reumatismo, artrite e artroses. A glucosamina atua por acumulação e, apesar do mexilhão da Nova Zelândia ou mexilhão de lábio verde ter fama, todos os tipos de mexilhão contêm esta substância em abundância. A glucosamina usada como medicamento convencional é obtida a partir de moluscos.

   A forma mais habitual de consumir o mexilhão é abri-los no vapor numa panela, depois de os limpar, com um fundo de água do mar, se puder, e umas folhas de louro, retirando-os assim que abrirem. O mexilhão é um alimento delicioso que fornece notáveis benefícios para a nossa saúde.

Fontes: 
https://comida.umcomo.com.br/artigo/como-fazer-mexilhoes-a-vinagrete-4198.html
http://biomania.com.br/artigo/mexilhao
http://fazbemasaude.blogs.sapo.pt/mexilhao-as-propiedades-dos-mexilhoes-32895



sexta-feira, 20 de outubro de 2017

SOROROCA - DELÍCIA DO MAR

  A sororoca habita regiões costeiras, junto a ilhas, praias abertas e costões. Anda em cardumes. É um peixe ativo e voraz, alimentando-se principalmente de sardinhas, peixes agulha, manjubas, lulas, crustáceos, etc.





SOROROCA GRELHADA


Ingredientes:

4 Postas de Sororoca;
Sugestão de apresentação com ramos de alecrim

7 dentes de alho;

Suco de dois limões;

Sal a gosto;

Pimenta do Reino a gosto.


Preparo:

       Fazer um molho com a pimenta, sal e o suco de limão, passar nas postas e deixar marinado por 30 minutos virando a cada 10 minutos em uma vasilha de plástico ou vidro.
      Com os dentes de alho, corte ao meio e frite no azeite até ficar ligeiramente escuro, retirar o alho e reservar.
       Com o azeite que sobrou, colocar duas colheres de sopa em uma frigideira ou panela de ferro e grelhar o peixe, três minutos de cada lado e assim vai usando todo o azeite que fritou o alho.
       Grelhado todas as postas colocar em uma forma espalhando o alho sobre o peixe.
      Para acompanhamento um arroz branco com brócolis, ou um risoto de arroz negro com camarão.
       A receita rende 4 porções e fica pronto em média em 20 minutinhos!

Receita de: Dona Helena Maria Cardoso de Souza

Nome Popular:

    Sororoca, Caroroca, Cavala, Cavalinha, Cavala Pintada, Serra, Serra Pima, Serra Pininga,  Serrinha

Nome Científico: Scomberomorus brasiliensis

Família: Scombridae

Distribuição Geográfica: 

    Todo o litoral brasileiro. No Nordeste, o ano todo, e no Sul e Sudeste, do inverno ao final do verão.

Descrição:

    Apresenta linha lateral em declive lateral. Coloração do dorso de um azul-esverdeado a um cinza-escuro, sendo a sua metade inferior branco-prateada. Nos flancos tem uma série de manchas arredondadas, de cor amarela, dourada ou marrom claro. Atinge aproximadamente 80 cm de comprimento e 3 Kg de peso.


quarta-feira, 18 de outubro de 2017

ALMÔNDEGAS DE CARNE MOÍDA

   As almôndegas são queridinhas de muitas pessoas, afinal, quando bem temperadas, elas ficam com um sabor especial e irresistível! Além disso, elas são super fáceis de fazer. 




INGREDIENTES:
Ø  500 g de carne moída, pode ser patinho ou acém sem osso ou outra de sua preferência;
Ø  2 ovos;
Ø  3 colheres de (sopa) de farinha de rosca, preferência das de padaria;
Ø  1/2 cebola média bem picada;
Ø  salsa a gosto;
Ø  cebolinha a gosto;
Ø  pimenta do reino a gosto;
Ø  sal a gosto;
Ø  óleo para fritar;
Ø  tempero de tomate pronto.

MODO DE FAZER:
     Junte a carne moída, os ovos, a farinha de rosca, a cebola picada, sal, pimenta e as ervas bem picadas a gosto.
    Misture bem e então e pegue uma colher de sobremesa como medida para fazer as bolinhas.
   Em uma panela com dois a três dedos de óleo pré aquecidos, frite as almôndegas até ficarem levemente douradas. Você pode servir as almôndegas com molho de tomate ou outro que preferir!



Fonte: http://www.carone.com.br/3-receitas-com-carne-moida-para-voce-inovar

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

BOBÓ DE CAMARÃO PARAENSE

                     

 "O bobó de camarão é um prato típico da culinária afro-brasileira. Ele possui uma consistência cremosa e é feito de camarões que são refogados juntamente com temperos verdes e também com leite de coco, depois misturados com um purê de mandioca e outros ingredientes, o que resulta num prato muito saboroso. Já conquistou muitos paladares pelo mundo; é um prato típico da Bahia, mas hoje vamos dar uma receita de Bobó Paraense que aprendi com uma amiga da faculdade.”


Ingredientes
         Você vai precisar para fazer um bobó rápido e delicioso:
 
800 gramas de camarão rosa ou branco sem cabeça e sem casca
1 litro de Água
500 gramas de mandioca (aipim ou macaxeira)
1 cebola grande picada
1 colher de sopa de alho picado
2 colheres (sopa) de azeite de oliva extra virgem
2 colheres (sopa) de azeite de dendê
3 tomates médios, sem pele e sem sementes picados
sal ou a gosto
1 pitada de pimenta-do-reino
1 xícara (chá) de leite de coco
1 pimenta dedo de moça picada sem sementes
1 xícara (chá) de pimenta Cambuci sem sementes picadas
1 xícara (chá) de cebolinha fresca picada

 Modo de Preparo:
1.   Numa panela, aqueça os dois tipos de azeite e doure levemente a cebola e em seguida o alho.
2.   Adicione o tomate, a pimenta Cambuci, a pimenta dedo de moça. Refogue por cinco minutos, em fogo brando.
3.   Transfira metade do refogado acima para outra panela e reserve.
4.   Na mistura original, acrescente o camarão e cozinhe por três minutos ou até que ele fique rosado. Reserve.
5.   Bata no liquidificador com a metade da água que cozer a mandioca o leite de coco e a mandioca cozida até obter um creme.
6.   Junte na panela o creme batido com o primeiro refogado reservado, coloque o restante da água e deixe ferver por 5 minutos.
7.   Junte o segundo refogado com os camarões e deixe por aproximadamente 2 minutos
8.   Por último acrescente a cebolinha e o coentro e deixe por mais 2 minutos sirva em seguida com arroz branquinho.


FIGURAS:
·         capturadas na internet meramente ilustrativas



terça-feira, 10 de outubro de 2017

SARDINHA ESPALMADA FRITA

            "Por toda a costa brasileira, são encontradas sardinhas da família Sardinella brasiliensis. Esses peixes vivem em grandes cardumes de formação compacta. O plâncton é o principal alimento das sardinhas, sendo que inicialmente alimentam-se apenas de fitoplâncton, e somente na fase adulta ingerem zooplâncton (microorganismos). Na época de reprodução, os cardumes ficam mais dispersos. As sardinhas fêmeas chegam a por 60.000 ovos pequenos e arredondados. Preferem desovar próximo a costa, onde a temperatura da água é maior, retornando depois para o alto mar. A pesca da sardinha é proibida durante a fase de reprodução. É o período do defeso. Além do homem, os predadores das sardinhas são os peixes (carnívoros) maiores e as aves marinhas. Uma sardinha pode viver até 7 anos."
Por Thais Pacievitch


Ingredientes:
1 kg de sardinha limpa, fresca e espalmada.
3 limões (suco)
4 dentes de alho amassado
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 xícara (chá) de fubá mimoso
sal a gosto
óleo para fritar
pimenta do reino (optativo)

Como Fazer
1. Tempere as sardinhas com limão, sal e alho, se desejar coloque pimenta do reino moída (bem pouco).
2. Deixe descansar neste tempero por uma meia hora.
3. Prepare um travessa com farinha de trigo e o fubá e misture bem os dois.
4. Passe as sardinhas na mistura da farinha trigo e no fubá e coloque em óleo quente, ela irá fritar por completo e ficar sequinha.

 Conhecendo a Sardinha:
         Ela já foi vista como a prima pobre dos pescados, mas sua riqueza nutricional a tornou um ícone dos cardápios saudáveis. Saiba por que apostar neste peixe:

1. A sardinha riquíssima em ômega-3
         Entre os benefícios oferecidos por essa gordura estão um coração saudável e um corpo livre de males como câncer. E isso já foi demonstrado por diversas pesquisas. Recentemente, o grupo de estudos Predimed, iniciativa de cientistas espanhóis que desde 2003 averiguam o potencial da dieta mediterrânea, comprovou que o menu estrelado por pescados, azeite e nozes (fontes de ômega-3) baixa o risco cardiovascular, sobretudo em quem tem maior propensão a infartos.
         Em paralelo, uma revisão de 21 pesquisas englobando mais de 880 mil mulheres, publicada por especialistas chineses no British Medical Journal, flagrou uma associação inversa entre o consumo de fontes marinhas do nutriente e a probabilidade de ter um câncer de mama.
         “A sardinha é classificada como um peixe gordo, só que apresenta gordura de boa qualidade, com uma fração considerável de ômega-3”, diz Marília Oetterer, cientista de alimentos e professora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, em Piracicaba (SP). Para ter ideia, em uma lata há mais de 1 g da gordura – valor diário sugerido pela Associação Americana do Coração. A de atum tem ao redor de 0,6 g. O salmão de cativeiro perde o duelo, mas o selvagem empata. Só que no custo/benefício a sardinha é imbatível.

2. Tem mais cálcio que o leite
         Uma lata de sardinha (85 g) oferta mais de 460 mg do mineral que afasta a osteoporose – e a mesma quantidade da assada reúne 372 mg. Isso porque, ao preparar o peixe fresco, costumamos descartar sua espinha – que é onde há maior concentração de cálcio. Já na versão em conserva, o pescado permanece inteiro. “É por isso que uma lata de sardinha tem mais cálcio que um copo de leite”, explica Marcos Luiz Pessatti, professor de bioquímica da Universidade do Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Em 200 ml da bebida láctea, são 246 mg do nutriente.


3. É fonte de vitamina D
         Essa vitamina é essencial para a absorção de minerais como cálcio e fósforo. A principal forma de obtê-la é por meio da exposição ao sol, mas a dieta também ajuda a atingir os valores diários recomendados – que variam de 400 a 1 000 UI (Unidade Internacional). A sardinha em lata contribui com 250 UI. O atum proporciona algo por aí. Já o ovo, coitado, entre 15 e 30 UI.

4. Oferece tantas proteínas quanto a carne vermelha
         Dizem que ninguém bate a carne vermelha nessa categoria. Mas a sardinha faz bonito: 100 g da assada (32,2 g) têm quase a mesma porção de um filé-mignon grelhado (32,8 g). Uma dieta rica em proteínas está associada, entre outras coisas, à redução da pressão arterial, ao controle do diabete e a um menor risco de câncer.

5. Protege o cérebro
         A sardinha também é um reservatório de fósforo, triptofano e vitamina B12, que asseguram o estado de bem-estar cerebral.

Na lata versus in natura

Cálcio
     Devido à espinha, a versão em conserva tem 550 mg, ante 167 mg da fresca. Se você assar, vai para a casa dos 480 mg.
 Gorduras
      Por causa da pele e de parte das vísceras, a enlatada tem uma quantidade bem maior de gorduras boas, como o ômega-3.
 Sódio
      A sardinha no óleo tem mais sódio que o peixe preparado em casa, frito ou assado. Por isso é que hoje tem até opção light.
 Calorias
      A lata com óleo pesa mais na balança, com 285 calorias. Só que, ao fritar a fresca, o valor decola e perde-se ômega-3.
 Segurança
 A vantagem da enlatada está na menor exposição a agentes contaminantes e na validade de quatro anos.

Fontes:
Tabela Brasileira de Composição de Alimentos da Unicamp; Departamento de Agricultura dos EUA; Adão Pereira, diretor industrial da Gomes da Costa.
https://saude.abril.com.br/alimentacao/5-motivos-para-voce-comer-mais-sardinha/
http://www.infoescola.com/peixes/sardinha/
 *Valores calculados com base em uma porção de 100 gramas.

RESTINGA, ENTENDA NOSSO ECOSSISTEMA

                            "A restinga é uma planície arenosa costeira, de origem marinha, incluindo a praia, cordões arenosos, depressões entre-cordões, dunas e margem de lagunas, com vegetação adaptada às condições ambientais”


Texto por Raissa Campos

Vegetação de Restinga:
     Sobre a restinga é possível se encontrar a vegetação de restinga, que é um conjunto das comunidades vegetais, fisionomicamente distintas, sob influência marinha e fluvio-marinha, que ocorrem distribuídas em mosaico e em áreas de grande diversidade ecológica, sendo consideradas comunidades edáficas, por dependerem mais da natureza do substrato que do clima. A cobertura vegetal nas restingas pode ser encontrada em praias e dunas, sobre cordões arenosos, e associadas a depressões. 

  Na restinga os estágios sucessionais diferem das formações ombrófilas e estacionais, ocorrendo notadamente de forma mais lenta, em função do substrato que não favorece o estabelecimento inicial da vegetação, principalmente por dissecação e ausência de nutrientes. O corte da vegetação ocasiona uma reposição lenta, geralmente de porte e diversidade menores, onde algumas espécies passam a predominar. Os diferentes tipos de vegetação ocorrentes nas restingas brasileiras variam desde formações herbáceas, passando por formações arbustivas, abertas ou fechadas, chegando a florestas cujo dossel varia em altura, geralmente não ultrapassando os vinte metros. São em geral caracterizada por comunidade com pouca riqueza, quando comparada a outras comunidades vegetais, sendo protegidas por lei devido à sua fragilidade.

Zonas Úmidas:

  Em muitas áreas de restinga no Brasil, especialmente no sul e sudeste, ocorrem períodos mais ou menos prolongados de inundação do solo, fator que tem grande influência na distribuição de algumas formações vegetacionais. A periodicidade com que ocorre o encharcamento e a sua respectiva duração são decorrentes principalmente da topografia do terreno, da  profundidade do lençol freático e da proximidade de corpos d’água (rios ou lagoas), produzindo em muitos casos um mosaico de formações inundáveis e não inundáveis, com fisionomias variadas, o que até certo ponto justifica o nome de “complexo” que é empregado para designar as restingas.

Formações Herbáceas:
  As formações herbáceas ocorrem principalmente nas faixas de praia e ante-dunas, em locais que eventualmente podem ser atingidos pelas marés mais altas, ou então em depressões alagáveis. Nas zonas de praia, dunas frontais e dunas  mais próximas ao mar, predominam espécies herbáceas, em alguns casos com pequenos arbustos e árvores, que ocorrem tanto de forma isolada e pouco expressiva, como formando agrupamentos mais densos, com variações nas suas respectivas fisionomias, composições e graus de cobertura. A vegetação das praias e dunas tem ocorrência praticamente ao longo de toda a costa brasileira, mas a sua exata circunscrição e os termos empregados para designá-la variam muito. 
   As pressões antrópicas no sentido de ocupação e urbanização da zona costeira já suprimiram muitas áreas representativas desta formação em vários pontos no litoral brasileiro.




Formações Arbustivas:
   As formações arbustivas das planícies litorâneas, que para muitos autores constituem a restinga propriamente dita são os tipos vegetacionais que mais chamam a atenção no litoral brasileiro, tanto pelo seu aspecto peculiar, com fisionomia variando desde densos emaranhados de arbustos junto a trepadeiras, bromélias terrícolas e cactáceas, até  moitas com extensão e altura variáveis, intercaladas por áreas abertas que  em muitas locais expõem diretamente a areia, principal constituinte do substrato nestas formações. Os termos “scrub” , “thicket”, “escrube” e “fruticeto” já foram empregados para designar comunidades e/ou formações desta natureza, notadamente na região litorânea.

Formações Florestais:
    As formações florestais que ocorrem na planície litorânea brasileira variam bastante ao longo da costa, sendo essas variações geralmente atribuídas às influências das formações vegetacionais adjacentes e às características do substrato, principalmente sua origem, composição e condições de drenagem. Estas florestas variam desde formações com altura do estrato superior a partir de 5m, em geral livres de inundações periódicas decorrentes da ascensão do lençol freático durante os períodos mais chuvosos, até formações mais desenvolvidas, com alturas em torno de 15-20m, muitas vezes associadas a solos hidromórficos e/ou orgânicos.
    Estes dois tipos de florestas em geral acompanham as variações topográficas decorrentes da justaposição dos cordões litorâneos, ao menos onde tais feições são bem definidas. Em locais situados mais para o interior da planície costeira, geralmente em terrenos mais deprimidos onde tais alinhamentos não são claramente definidos e os solos são saturados hidricamente e têm uma espessa camada orgânica superficial, ocorrem florestas mais desenvolvidas semelhantes florística e estruturalmente àquelas situadas nas depressões entre os cordões.

Fauna de Restinga:
     A fauna ocorrente nas restingas brasileiras está relativamente menos estudada quando comparada com os conhecimentos que já acumulam-se sobre a composição e estrutura dos seus diferentes tipos vegetacionais. Dentre os estudo tratando de grupos de animais invertebrados, podem ser mencionados os realizados com os artrópodos, notadamente com diferentes grupos de insetos, estes constituindo a maioria dos relatos encontrados. A fauna de vertebrados ocorrente nas restingas brasileiras também é relativamente pouco pesquisada, com destaque para os trabalhos  realizados no litoral do Rio de Janeiro, principalmente com pequenos mamíferos e répteis.






Referências Bibliográficas:
·         Resolução CONAMA Nº 303, DE 20 DE Março de 2002
·         Diagnóstico das Restingas no Brasil de Sandro Menezes Silva
FIGURAS:
·       http://www.light.com.br/institutolight/cursos/Aula%204%20-%20Ecossistemas/Restinga_Rio_1.pdf
·         http://www.zonacosteira.bio.ufba.br/vrestinga.html